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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Congresso Internacional de Educação de Surdos

Olá pessoal!!

Nós do "Falando de Fonoaudiologia" participamos na semana passada do Congresso Internacional de Educação de Surdos, que aconteceu no Othon Palace, em Copacabana, RJ.

Nosso Parabéns ao INES que fez um evento belíssimo, com a integração de surdos, profissionais e familiares. Com palestras esclarecedoras, atuais com tudo que há de mais moderno da temática central do evento. 

Foi uma experiência e tanto para nós estudantes de Fonoaudiologia!!!

A seguir o post do Jornal do Brasil sobre o evento...

... e mãozinhas para o alto (palmas em LIBRAS) da equipe de Falando de Fonoaudiologia para toda organização do evento!



Com a presença de mais de 800 estudantes de graduação e pós-graduação, pesquisadores e profissionais do Brasil, Estados Unidos e Europa, e uma conferência de abertura proferida pelo acadêmico Evanildo Bechara, aconteceu nos dias 14, 15 e 16/09 o X Congresso Internacional e o XVI Seminário Nacional de Educação de Surdos. Com o tema “Educação de Surdos: a Conquista de Novos Territórios”.

No ano de conclusão do PNE 2010-2020, que trata desde a educação infantil ao ensino superior, passando pela educação tecnológica, este assunto foi o grande destaque nas discussões do primeiro dia do evento, sobretudo os seus impactos na educação de surdos.  O ano de 2011 é um marco na história da educação brasileira, já que por lei, a cada 10 anos o Congresso deve apresentar ao Executivo um Plano Decenal de Educação. Mas por conta das quase 3 mil emendas, houve um atraso na conclusão do PNE, que não foi aprovado até hoje e por isso irá vigorar de 2011 a 2020.
O deputado federal Eduardo Barbosa, membro da comissão especial que analisa a proposta do executivo para o PNE,  falou sobre a Meta 4, que trata da educação inclusiva, e que está sendo revista pelo Legislativo. “Ninguém é contrário a um sistema educacional inclusivo, mas a educação inclusiva não deve apenas permitir o acesso. Há a necessidade de criar ambientes específicos para a educação especial. Queremos, no PNE, ampliar e não restringir os diretos à educação”, disse o deputado, que apresentou nove emendas oriundas da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (FENEIS) e que garantem a escola bilíngüe para os surdos. “Acredito que isso vai ser apreciado e absorvido pelo relator”, concluiu o parlamentar.
O deputado apresentou ainda números do Censo Escolar dando conta de que embora nos últimos dois anos o MEC tenha divulgado um avanço nas matrículas da educação inclusiva, isso não garantiu o aumento das pessoas com deficiência nas salas de aulas, pois houve redução do número de escolas especializadas.
Para a professora de Letras Libras da Universidade Federal de Santa Catarina, Patrícia Luiza de Resende, Diretora de Políticas Educacionais da FENEIS, a educação de surdos no Brasil está um caos. Ela corroborou a pesquisa do deputado, chamando a atenção para o fechamento de inúmeras escolas especiais em todo o País e propondo a união da sociedade em favor da educação e da cultura surda.
“O que podemos constatar é que nos últimos anos não houve uma política inclusiva no Brasil. Desde 2003 o número de matrículas vem diminuindo. A Constituição garante que todos tenham direito à educação, mas não a um único modelo. Queremos uma educação plural. Não há como incluir o aluno surdo em uma classe comum, sem o atendimento adequado”.  
Durante sua exposição, a professora apresentou pesquisa apontando que embora a população surda tenha aumentado entre 2003 e 2010, as matrículas diminuíram consideravelmente. Os dados mostrados por ela registram 532.620 alunos incluídos, mas apenas 750 salas em atendimento especial o que equivale a 710 alunos por sala. “O ensino do surdo está um caos. Esses alunos estão sendo jogados em classes regulares, sem acompanhamento especial”, alertou a professora.

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